quinta-feira, 24 de junho de 2010

shhh...

Não fale nada. Não diga nada.
Deixe que eu conte meus casos, fale mal do tempo ruim, reclame da chuva
e do trânsito.
Que eu gaste uma hora inteira reclamando da minha vida chata e monótona antes de perguntar o que você tem feito, por onde anda, como vai a vida .
Deixe que eu me acostume com a luz que invade a sala e por um momento quase me cega, e que eu sei, é o seu sorriso.
Acredite quando eu digo que senti sim, a sua falta.
Que desejei não uma dezena, mas algumas centenas de vezes o abraço incondicional, a aceitação.
Não pense que me esqueci, não.
Não me queira mal por ser assim tão perdida.
Se existem caminhos nesta vida, então sempre há a possibilidade da volta.
Escute aqui, ninguém é perfeito.
E eu, bem... eu sou este poço sem fundo de imperfeições.

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